E não demorou muito para que apreciassem as vantagens da sua nova flexibilidade. Em Maio, de acordo com um inquérito de acompanhamento, apenas 15% dos funcionários da Fujitsu consideravam o escritório o melhor local para trabalhar. Cerca de 30% disseram que o melhor lugar eram as suas casas, e os restantes 55% eram a favor de uma mistura de casa e escritório – um modelo híbrido.
À medida que os funcionários se adaptavam às suas novas rotinas, Hiramatsu reconheceu que algo profundo estava acontecendo. “Não vamos voltar”, ele me disse em setembro passado. “As duas horas que muitas pessoas passam no deslocamento são desperdiçadas – podemos usar esse tempo para educação, treinamento, tempo com nossa família. Precisamos de muitas ideias sobre como tornar o trabalho remoto eficaz. Estamos embarcando em uma mudança de vida profissional.”
Durante 10 anos, liderei o Future of Work Consortium, que reuniu mais de 100 empresas de todo o mundo para pesquisar tendências futuras, identificar boas práticas atuais e aprender com experiências emergentes. Desde a pandemia que concentrei a nossa investigação no impacto extraordinário que a Covid-19 está a ter nas modalidades de trabalho. Como parte desse esforço, conversei extensivamente com executivos, muitos dos quais, como Hiramatsu, relataram ter detectado uma fresta de esperança na nossa luta coletiva para nos adaptarmos à pandemia. Esses executivos me disseram que, dada a velocidade surpreendente com que as empresas adotaram a tecnologia do trabalho virtual e a medida em que a maioria dos funcionários não quer voltar às formas anteriores de trabalhar, eles estão vendo uma situação que ocorre uma vez por semana. oportunidade vitalícia de redefinir o trabalho usando um modelo híbrido – um modelo que, se conseguirmos acertar, nos permitirá tornar nossa vida profissional mais significativa, produtiva, ágil e flexível.